KOINONIA encerra o seu décimo quinto aniversário com este Fala Egbé, marcando sua posição de apoio e de assessoria às Comunidades Negras Tradicionais baianas.
Também se encerra com esta edição um ciclo de três anos de apoio direto às ações do Projeto de “Capacitação e apoio ao desenvolvimento de Comunidades Negras Tradicionais do Brasil”, com recursos provenientes da União Européia. Foi um tempo de intensas realizações e novas visibilidades para as Comunidades que, com
certeza, até o ano de 2006 - ano anterior ao início do Projeto - se mantinham invisíveis à sociedade e
aos poderes públicos. Hoje podemos identificar na região do Baixo Sul da Bahia, entre iniciativas
públicas de toda ordem, cerca de 50 ações direcionadas ao atendimento de Comunidades Negras
Rurais – entre estudos, mapeamentos, fomento a produção, a formação e a educação.
Entre os Terreiros, as vitórias políticas foram muitas: contra a intolerância religiosa, a favor da imunidade do IPTU e o reconhecimento progressivo por parte dos órgãos públicos, do lugar dessas comunidades como agentes de desenvolvimento ambientalmente sustentável.
Sabemos que muito mais poderia ter sido feito, mas isso não nos impede de compartilhar a sensação de dever cumprido. Queremos dar continuidade a um Comissão Estadual para a Sustentabilidade dos Povos e Comunidades Tradicionais, bem-vinda às lutas! apoio que não se expressa em um Projeto pontual de três anos, mas nas alianças feitas, nos compromissos assumidos e no progressivo ganho de poder das Comunidades,que esperamos seja crescente e duradouro.
Nesse sentido, nos juntamos às mais de 220 comunidades que atendemos, fazendo coro pela implementação da Comissão Estadual para a Sustentabilidade dos Povos e Comunidades Tradicionais,a altura dos desejos e anseiosdas Comunidades Negras Tradicio- Princípios que deveriam orientar a atuação da COMISSÃO ESTADUAL PARA A SUSTENTABILIDADE DOS POVOS E COMUNIDADES TRADICIONAIS:
A Comissão deve buscar garantir a participação das comunidades nos debates, decisões e encaminhamentos;
A Comissão deve sempre zelar para que as comunidades recebam as informações que lhes interessam;
A participação dos representantes das comunidades tradicionais na Comissão deve ser garantida inclusive com apoio para deslocamentos, quando necessário;
A promoção, socialização, valorização e proteção da tradição oral das comunidades tradicionais e dos seus saberes;
Dar visibilidade social às religiões de matriz africana em Salvador.
nais da Bahia (Terreiros de Candomblé e Comunidades Negras Rurais).
Assim, destacamos ao modo de apoio, o acúmulo das discussões
dessas centenas de comunidades desde 2008 até agora, que sugerem os Princípios (aqui em destaque)
para o trabalho da Comissão, e propõe Linhas de Ação, que estão na última página deste Informativo
(com a lista dos seus signatários).
Que venha 2010, cheio de desafios, e Oxalá! Pleno de forças para seguirmos trabalhando!
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