terça-feira, 20 de abril de 2010

Quem é Pai Eduardo de Oxumarê?


Eduardo Rangel, ou "Pai Eduardo" como é conhecido por nós, nasceu no Rio de Janeiro, Brasil, onde se iniciou no Candomblé aos 18 anos de idade no Ilê Àsé Oyá Bomim, no Parque Fluminense - Duque de Caxias - Rio de Janeiro.

Bisneto de Santo de Waldomiro de Xangô, conhecido por Pai Baiano de Xangô e neto de Santo de Geraldo Correia Fillho, também conhecido por Pai Gamo de Oxum, Filho de Santo de Mãe Kita de Oyá.

Em 2004, os 41 anos, já com 21 anos de santo, decidiu vir a Portugal ajudar um amigo que se encontrava em grandes dificuldades. A estadia foi-se alargando e Pai Eduardo, começou a fazer inúmeras amizades e clientes. Foi então que, como existiam pessoas que necessitavam de tomar as obrigações de Santo, o Pai Eduardo, decidiu fundar em Aveiro o seu barracão, para onde se mudou definitivamente, para se dedicar ao culto em Portugal.

Assim nasceu o Ilê Àsé Òsumàré de Aveiro, para bem daqueles que necessitam dos seus cuidados e encaminhamento.

Hoje, em pleno exercício das suas funções de Pai de Santo, continua sendo uma pessoa muito procurada por todo o tipo de pessoas, de todos os estratos sociais e de muitos países, inclusivamente, vindo de propósito para se aconselhar, desde a Holanda, Bélgica, Inglaterra, França, Espanha, Brasil, entre outros.

Em forma de homenagem, aqui deixo a minha mensagem: "Felizes aqueles que tem a sorte de ser filhos de santo do Pai Eduardo." - Luís Fernandes

QUEM É MÃE STELLA DE OXOSSE?


UMaria Stella de Azevedo Santos, conhecida como Mãe Stella de Oxóssi, Iya Odé Kayode, (Salvador, 2 de maio de 1925) é a quarta filha de Esmeraldo Antigno dos Santos e Thomázia de Azevedo Santos.
Órfã em tenra idade, foi adotada pela irmã de sua mãe D. Archanja de Azevedo Fernandes, esposa do tabelião e proprietário de cartório José Carlos Fernandes.
É irmã da bibliotecária aposentada Milta de Azevedo Santos, Adriano de Azevedo Santos, José de Azevedo Santos e dos falecidos Corintha e Belanísia de Azevedo Santos.
É a Iyalorixá do Candomblé uma das religiões afro-brasileiras. Foi iniciada por Mãe Senhora em 1939 e tomou posse como Iyalorixá do Ilê Axé Opó Afonjá por morte de Mãe Ondina de Oxalá. É a quinta sacerdotisa do Candomblé de São Gonçalo do Retiro, dirigindo o Opó Afonjá desde o dia 11 de junho de 1976.
Mãe Stella estudou no tradicional colégio baiano Nossa Senhora Auxiliadora, dirigido pela professora soteropolitana D. Anfrísia Santiago. É enfermeira aposentada (funcionária pública estadual) formada pela Escola de Enfermagem da Universidade Federal da Bahia, com especialização em Saúde Pública. Exerceu a profissão por mais de trinta anos.
Notabilizou-se por ser a primeira iyalorixá de um terreiro tradicional a combater o sincretismo religioso com a Igreja Católica.
Em 1980 fundou o Museu Ohun Lailai: o primeiro de um terreiro de candomblé, auxiliada pela psicóloga Vera Felicidade de Almeida Campos, a Oni Kowê do Opô Afonjá. É a presidente emérita do Instituto Alaiandê Xirê, de quem fora a presidente fundadora.
Sacerdotisa de vanguarda é respeitada por suas idéias no longo do território nacional e muitos outros países. Tem proferido palestras e participado de seminários em diferentes partes do Brasil e do mundo.
Em 2001 ganhou o prêmio jornalístico Estadão na condição de fomentadora de cultura.
Em 2009, ao completar setenta anos de iniciação no Candomblé, recebeu o título de Doutor Honoris Causa da Universidade Federal da Bahia. É detentora da comenda Maria Quitéria (Prefeitura do Salvador), Ordem do Cavaleiro (Governo da Bahia) e da comenda do Ministério da Cultura.

QUEM É PAI ADÃO?


história do Ilê Obá Ogunté começa por volta de 1875, com a chegada ao Brasil da africana Inês Joaquina da Costa (Ifá Tinuké) também chamada de Tia Inês, morreu em 1905. Foi a fundadora do atual Sitio de Pai Adão, no Sítio de Água Fria, no Recife.
É a mais antiga casa de culto
Nagô de Pernambuco e uma das mais venerandas do Brasil, considerada uma das matrizes da nação de culto afro-brasileiro Nagô, que guarda alguma semelhança com a nação Ketu da Bahia, similar ao Xambá e ao Tchamba de Togo, e Trinidad e Tobago.
Primeiro terreiro a ser tombado por um governo estadual.
O tombamento foi feito pelo Decreto 10.712, de
5 de setembro de 1985, pelo Governo do Estado de Pernambuco.[1]

Pai Adão - Ope Watanan
O Ilê Obá Ogunté, mais conhecido hoje como Sítio de Pai Adão, é um modelo de culto sob todos os pontos-de-vista: na sofisticação
ritual, na beleza de sua música e da dança, no número de divindades cultuadas (ali são cultuadas divindades não encontradas em nenhum outro culto do Brasil), no poder espiritual das possessões, tudo indicando uma tradição conservada com fidelidade às suas raízes.
Tia Inês, ao vir para o
Brasil, trouxe consigo várias divindades, sob a forma de símbolos, imagens, objetos e inclusive sementes, para plantar uma imensa gameleira, ainda existente que é venerada como a divindade Iroko.
Ainda preserva em seu espaço-físico um
baobá com mais de um século de existência e com mais de 10m de diâmetro, raro no Brasil por ser mais comumente encontradas espécimes desse porte nos locais de onde são nativas, na ilha de Madagascar (o maior centro de diversidade, com seis espécies), no continente africano e na Austrália (com uma espécie em cada).
A casa funcionou sempre como uma grande
comunidade de negros africanos e de seus descendentes. Com a morte de Ifá Tinuké, ela passou a ser liderada por Felipe Sabino da Costa (Ope Watanan), conhecido por Pai Adão (sucessor de Tia Inês), que foi a maior personalidade da história do Xangô do Recife ou "Casa Amarela", entre outros talentos, por seus poderes espirituais, seu conhecimento profundo dos fundamentos rituais, estéticos e mitológicos da tradição e seu domínio do idioma Iorubá.
O
babalorixá atual é Manoel do Nascimento Costa, mais conhecido como Manuel Papai, e a iyalorixá Maria do Bonfim. Na nação Nagô-Egbá sempre são duas pessoas que dirigem a casa: um babalorixá e uma iyalorixá, ou seja, um pai e uma mãe-de-santo.
De Pai Adão, todo o conhecimento foi transmitido sucessivamente a Obalonein, Fatemi e Oluandê, para que finalmente fossem passados em
Belford Roxo a Osunaloji (Pai Milton), que zela pela conservação e manutenção dessa tradição recebida, no Ilê Axé Agawere Xapanan. Em seu ilê (casa), cujo orixá patrono é Iemanjá, as novas gerações de filhos de santo recebem dele todo esse rico arsenal de cultura afro-brasileira, com fundamento na nação Nagô-Egbá.
No
Maranhão, a Casa Fanti Ashanti, em São Luís, nação Jeje-Nagô, babalorixá Euclides Menezes Ferreira (Talabian),(de Oxaguiã c/Oxum) e Mãe Isabel de Xangô com Oxum. A raiz é do Sitio de Pai Adão - Nagô do Recife - liderado hoje por Manuel Papai e Maria das Dores ja falecida, juntamente Pai Raminho de Oxossi que incentiva os desfiles de Maracatu no Carnaval do Recife[2].
Em
São Paulo, a iyalorixá Maria das Dores Talabideiyn deixou a seu filho Pai José Alabiy (José Gomes Barbosa), babalorixá do Ilê Axé Ajagunã Obá Olá Fadaká, a tradição Egbá, passada à sua filha Oya Dolu (Lorena de Santiago) iyalorixá do Ilê Axé Oya Tundê, juntamente com Baba Alajemi (Nilso Jorge Júnior), onde também se preservam os mais antigos fundamentos do Nago-Egba. Entre outros, destaca-se a iyalorixá Valdecir de Obaluaye que, sendo filha-de-santo de Osunalogi, traz consigo a tradição e cultura dessa grande raíz.
Também no município de
Guarulhos-SP, existe o Abassá de Xangô Agodo e Obafunle dirigido pelo babalorixá Alexandre de Odé e a iyalorixá Dida de Xangô (Mãe carnal de Pai Alexandre), que receberam o Axé e os ensinamentos de Manuel Papai, Tia Mãezinha e Mãe Janda (in memoria), dos quais preservam e cultuam os fundamentos Nagô-Egbá. Além de divulgarem a raíz, eles também participam de atos e ações sociais, religiosos, políticos e são os responsáveis espirituais pelo bloco Afro Ilú Oba De Min, formado por mulheres percusionistas que fazem um trabalho de educação, cultura e arte negra.

QUEM É MÃE LUCIA DE OXUM?


Lúcia de Fátima Batista de Oliveira foi iniciada na Jurema em 1976 pelo sacerdote Manoel Rodrigues de Araújo, em Campina Grande.
Iniciou-se para o Orixá em Março de 1981, na Nação Jeje Mahin, pela sacerdotisa Deta de Bessen (in memorian).
Ingressou no Ilê Axé Opô Afonjá, da Nação Ketu, em 1999 e, desde então, faz parte desta família pelas mãos da Iyalorixá Stella de Oxóssi.
Iyá Lúcia Omidewá é filha de Oxum. É a Iyalorixá responsável pelo terreiro de Candomblé Ilê Axé Omidewá, membro do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), coordenadora do núcleo Paraíba da Rede Nacional de Religiões Afro-brasileiras e Saúde e do programa Fome Zero, do governo federal, para o povo de terreiro, além de diretora do Centro de Cultura Afro-Brasileira Ilê Axé Omidewá.
Seu nome, Omidewá, traduzido do iorubá arcaico significa "água chegou".