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PROJETO TERREIROS – ESPAÇOS DE PREVENÇÃO E SAÚDE
FALANDO SOBRE HIV/AIDS NOS TERREIROS
No Brasil, existem mais de 30.000 terreiros.
Em seus rituais, são usados objetos cortantes, pois fazem parte dos ensinamentos e da tradição das religiões de matrizes africanas.
São feitos cortes em algumas partes do corpo do adepto da religião, para firmar seu orixá de cabeça.
Assuntos que antes não comentados em comunidades de terreiros, como mortes, infecções, hoje já fazem parte do cotidiano, devido ao grande número de mortes no início da década de 80 de babalorixás e ialorixás contaminados pelo vírus HIV, pois, na época, não sabiam com o que estavam lidando e o que iria por vir.
O Projeto Terreiros – Espaços de Prevenção e Saúde – Falando sobre HIV/AIDS na Casa dos Orixás, é sobre auto cuidado, erradicação de preconceitos ao soropositivo, informação sobre DST/HIV/AIDS, com o objetivo de conscientizar não apenas os adeptos de candomblé, mas também os profissionais de saúde.
1. JUSTIFICATIVA
A epidemia de HIV/AIDS vem crescendo cada vez mais na comunidade mundial.
A Comunidade Científica por sua vez, vem promovendo seu sucesso, incansáveis estudos/pesquisas em prol da fabricação de uma vacina que coopere com o não crescimento da epidemia, de forma que o vírus não permita em corpo humano, o desenvolvimento das doenças consideradas, Síndrome de Imuno Deficiência Adquirida.
O atual cenário da AIDS, além do avanço da doença, em números consideráveis, também traz a questão da cidadania e do controle social. Cada vez mais, a Comunidade Mundial, por meio da sociedade civil organizada, nem promovendo ações que garantem informação nos campos da prevenção e da assistência, com vistas para uma maior atenção da sociedade, que por sua vez, vem respondendo aos anseios destas OSCs, alterado para melhor, o seu relacionamento com o outro e posteriormente, sua qualidade de vida, independente de sua condição sorológica.
Porém, os esforços da comunidade científica, somadas ao exercício do Governo em suas três estâncias, e ao trabalho promovido pelas Organizações do Terceiro Setor, não estão sendo suficientes embora eficazes, para alterar a realidade do quadro.
À esta realidade, soma-se de forma negativa, o preconceito racial e religioso em tratando-se de serviços públicos de saúde, que vem promovendo falho atendimento aos seus usuários, além de manter seu mal funcionalismo, através de profissionais de saúde, que além de não estarem aptos/capacitados para lidar com o atual cenário da AIDS com recorte racial, por não terem nenhum acesso a requalificação, reciclagem, incentivos, etc, vem promovendo ações preconceituosas, por conta se sua forma racista de ver o mundo, o que põe em cheque a comunidade negra e afro-descendente, que por sua vez, vê em seus núcleos étnicos - religiosos, o avanço do problema, já que por meio de praticas religiosas tradicionalistas vem dando assistência a suas comunidades, que por vezes se nega a buscar o serviço público com o objetivo de se obter atendimento, outrora tido como ‘’dever do estado e direito do cidadão", reforçado pelo Sistema Único de Saúde, que prevê um serviço ofertado por meio da Universalidade, da Equidade e Integralidade, princípios estes, que somados aos valores e conhecimento das
tradições de matrizes africanas, pretende-se discutir com a intenção de se formular respostas à esta problemática.
2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Promover a educação das pessoas sexualmente ativas, no sentido de evitar-se praticas que impliquem na disseminação do vírus HIV.
Orientar a demanda com praticas consideradas de auto risco, estimulando a realização de teste Anti /HIV entre outros.
Oferecer serviços de orientação/aconselhamento a sociedade civil por meio de equipe multidisciplinar que atuara como agentes de promoção a saúde e de integração social.
Promover a saúde integral dos adeptos da tradição Afro-Descendente, multiplicando informações sobre gênero, saúde sexual, saúde reprodutiva (saúde da mulher) e em geral.
Conhecer e divulgar as ações em prol da saúde, promovida pelas comunidades terreiros.
Promover/Intensificar o controle social no campo da saúde.
3. OBJETIVO GERAL
Estimular as práticas de promoção a saúde nas comunidades saúde, somando-as ao serviço publico de saúde e, assim promover melhor qualidade de vida das pessoas excluídas socialmente, levando-as a exercer seus direitos e deveres previstos na Constituição Federal do Brasil.
4. METODOLOGIA
Participação em/elaboração de Seminários Temáticas
Produção de Material Educativo (folder, cartazes, informativos, etc.)
Oficinas Temáticas que intensifiquem a convivência entre os diferentes e a troca de experiência
Encontros semanais dos núcleos religiosos beneficiados pelo projeto de forma que a comunidade local possa ocupar-se dessas atividades
Encontros mensais de convivência/troca de informações entre os terreiros beneficiados pelo projeto
Formação Anual de agentes comunitários com vistas para a promoção a saúde em âmbito local
Sessões de vídeos educativos
Visitas a núcleos de diferentes segmentos religiosos, afim de conhecer outras praticas de promoção a saúde
Identificar e estimular a ação de novos autores
Aulas práticas: passeios em áreas florestais com o intuito de se conhecer folhas e ervas com uso medicinal
5. ATIVIDADES
No primeiro semestre, o projeto beneficiara três comunidades terreiros de diferentes pontos das cidades do interior de São Paulo, Região de Piracicaba/SP, que semanalmente receberiam agentes comunitários credenciados ou profissional de saúde, a fim de promoverem oficinas de troca de experiências e multiplicação de informação.
Mensalmente, os terreiros beneficiados e convidados participariam de oficinas/encontros de trabalho, onde a convivência com os diferentes e a troca de experiência entre os núcleos sejam estimuladas.
Eventualmente, dentro da agenda os terreiros receberiam a visita de profissionais de saúde representantes do governo e outros a fim.
Eventualmente, os terreiros beneficiados promoveriam visitas a Templos de outras Tradições Religiosas a fim de se conhecer as atividades em prol da saúde por estes promovidas.
Promoção de um Seminário onde se divulguem os trabalhos promovidos pelo projeto e as praticas de saúde nos terreiros.
Elaborar nas oficinas, e, posteriormente distribuição de cartilhas sobre o projeto, contendo material educativo que estimule o cuidado com a saúde nos terreiros, visto que os materiais existentes não contemplam tal público.
6. TEMAS A SEREM TRABALHADOS
Gênero
Saúde da Mulher/Saúde Reprodutiva
Orientação Sexual
Identidade e sexualidade
Preconceito (Homofobia)
Orientação/autos cuidados para com o corpo
Religião - O poder da religião em minha vida/Contribuição no campo da prevenção, da assistência e também do estado psíquico do indivíduo.
Cidadania
Responsabilidade social
Controle social como forma de participação
7. JUVENTUDE/ADOLESCÊNCIA
Saúde e sexualidade na adolescência
Diversidade
Política
Religião
8. AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO
Aplicação de questionários
Convivências em grupos de trabalhos
Aplicação de listas de freqüências
Aplicação de relatórios sobre ações do projeto
Promoção de estudos na área
Reuniões de avaliação do projeto, com vistas para alteração de metodologia, em conjunto com as lideranças religiosas representantes dos terreiros beneficiados.
Representantes do governo a fim de se promover acompanhamento das novidades e avanços desta área.
9. METAS
Cada núcleo atenda a sua comunidade local por si só, já ao termino do projeto, estimulando o exercícios dos direitos dos cidadãos, no campo da saúde, direitos humanos, etc.
Formulação dentro destes prazos, com supervisão posterior, as políticas que beneficiem as comunidades excluídas no contexto geral do projeto.
No final do tempo de duração do projeto, considerando a possibilidade de sua continuação , a realidade de tal publico alvo apresente significativas alterações.
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