sexta-feira, 23 de abril de 2010
terça-feira, 20 de abril de 2010
Quem é Pai Eduardo de Oxumarê?
Eduardo Rangel, ou "Pai Eduardo" como é conhecido por nós, nasceu no Rio de Janeiro, Brasil, onde se iniciou no Candomblé aos 18 anos de idade no Ilê Àsé Oyá Bomim, no Parque Fluminense - Duque de Caxias - Rio de Janeiro.
Bisneto de Santo de Waldomiro de Xangô, conhecido por Pai Baiano de Xangô e neto de Santo de Geraldo Correia Fillho, também conhecido por Pai Gamo de Oxum, Filho de Santo de Mãe Kita de Oyá.
Em 2004, os 41 anos, já com 21 anos de santo, decidiu vir a Portugal ajudar um amigo que se encontrava em grandes dificuldades. A estadia foi-se alargando e Pai Eduardo, começou a fazer inúmeras amizades e clientes. Foi então que, como existiam pessoas que necessitavam de tomar as obrigações de Santo, o Pai Eduardo, decidiu fundar em Aveiro o seu barracão, para onde se mudou definitivamente, para se dedicar ao culto em Portugal.
Assim nasceu o Ilê Àsé Òsumàré de Aveiro, para bem daqueles que necessitam dos seus cuidados e encaminhamento.
Hoje, em pleno exercício das suas funções de Pai de Santo, continua sendo uma pessoa muito procurada por todo o tipo de pessoas, de todos os estratos sociais e de muitos países, inclusivamente, vindo de propósito para se aconselhar, desde a Holanda, Bélgica, Inglaterra, França, Espanha, Brasil, entre outros.
Em forma de homenagem, aqui deixo a minha mensagem: "Felizes aqueles que tem a sorte de ser filhos de santo do Pai Eduardo." - Luís Fernandes
Bisneto de Santo de Waldomiro de Xangô, conhecido por Pai Baiano de Xangô e neto de Santo de Geraldo Correia Fillho, também conhecido por Pai Gamo de Oxum, Filho de Santo de Mãe Kita de Oyá.
Em 2004, os 41 anos, já com 21 anos de santo, decidiu vir a Portugal ajudar um amigo que se encontrava em grandes dificuldades. A estadia foi-se alargando e Pai Eduardo, começou a fazer inúmeras amizades e clientes. Foi então que, como existiam pessoas que necessitavam de tomar as obrigações de Santo, o Pai Eduardo, decidiu fundar em Aveiro o seu barracão, para onde se mudou definitivamente, para se dedicar ao culto em Portugal.
Assim nasceu o Ilê Àsé Òsumàré de Aveiro, para bem daqueles que necessitam dos seus cuidados e encaminhamento.
Hoje, em pleno exercício das suas funções de Pai de Santo, continua sendo uma pessoa muito procurada por todo o tipo de pessoas, de todos os estratos sociais e de muitos países, inclusivamente, vindo de propósito para se aconselhar, desde a Holanda, Bélgica, Inglaterra, França, Espanha, Brasil, entre outros.
Em forma de homenagem, aqui deixo a minha mensagem: "Felizes aqueles que tem a sorte de ser filhos de santo do Pai Eduardo." - Luís Fernandes
QUEM É MÃE STELLA DE OXOSSE?
UMaria Stella de Azevedo Santos, conhecida como Mãe Stella de Oxóssi, Iya Odé Kayode, (Salvador, 2 de maio de 1925) é a quarta filha de Esmeraldo Antigno dos Santos e Thomázia de Azevedo Santos.
Órfã em tenra idade, foi adotada pela irmã de sua mãe D. Archanja de Azevedo Fernandes, esposa do tabelião e proprietário de cartório José Carlos Fernandes.
É irmã da bibliotecária aposentada Milta de Azevedo Santos, Adriano de Azevedo Santos, José de Azevedo Santos e dos falecidos Corintha e Belanísia de Azevedo Santos.
É a Iyalorixá do Candomblé uma das religiões afro-brasileiras. Foi iniciada por Mãe Senhora em 1939 e tomou posse como Iyalorixá do Ilê Axé Opó Afonjá por morte de Mãe Ondina de Oxalá. É a quinta sacerdotisa do Candomblé de São Gonçalo do Retiro, dirigindo o Opó Afonjá desde o dia 11 de junho de 1976.
Mãe Stella estudou no tradicional colégio baiano Nossa Senhora Auxiliadora, dirigido pela professora soteropolitana D. Anfrísia Santiago. É enfermeira aposentada (funcionária pública estadual) formada pela Escola de Enfermagem da Universidade Federal da Bahia, com especialização em Saúde Pública. Exerceu a profissão por mais de trinta anos.
Notabilizou-se por ser a primeira iyalorixá de um terreiro tradicional a combater o sincretismo religioso com a Igreja Católica.
Em 1980 fundou o Museu Ohun Lailai: o primeiro de um terreiro de candomblé, auxiliada pela psicóloga Vera Felicidade de Almeida Campos, a Oni Kowê do Opô Afonjá. É a presidente emérita do Instituto Alaiandê Xirê, de quem fora a presidente fundadora.
Sacerdotisa de vanguarda é respeitada por suas idéias no longo do território nacional e muitos outros países. Tem proferido palestras e participado de seminários em diferentes partes do Brasil e do mundo.
Em 2001 ganhou o prêmio jornalístico Estadão na condição de fomentadora de cultura.
Em 2009, ao completar setenta anos de iniciação no Candomblé, recebeu o título de Doutor Honoris Causa da Universidade Federal da Bahia. É detentora da comenda Maria Quitéria (Prefeitura do Salvador), Ordem do Cavaleiro (Governo da Bahia) e da comenda do Ministério da Cultura.
Órfã em tenra idade, foi adotada pela irmã de sua mãe D. Archanja de Azevedo Fernandes, esposa do tabelião e proprietário de cartório José Carlos Fernandes.
É irmã da bibliotecária aposentada Milta de Azevedo Santos, Adriano de Azevedo Santos, José de Azevedo Santos e dos falecidos Corintha e Belanísia de Azevedo Santos.
É a Iyalorixá do Candomblé uma das religiões afro-brasileiras. Foi iniciada por Mãe Senhora em 1939 e tomou posse como Iyalorixá do Ilê Axé Opó Afonjá por morte de Mãe Ondina de Oxalá. É a quinta sacerdotisa do Candomblé de São Gonçalo do Retiro, dirigindo o Opó Afonjá desde o dia 11 de junho de 1976.
Mãe Stella estudou no tradicional colégio baiano Nossa Senhora Auxiliadora, dirigido pela professora soteropolitana D. Anfrísia Santiago. É enfermeira aposentada (funcionária pública estadual) formada pela Escola de Enfermagem da Universidade Federal da Bahia, com especialização em Saúde Pública. Exerceu a profissão por mais de trinta anos.
Notabilizou-se por ser a primeira iyalorixá de um terreiro tradicional a combater o sincretismo religioso com a Igreja Católica.
Em 1980 fundou o Museu Ohun Lailai: o primeiro de um terreiro de candomblé, auxiliada pela psicóloga Vera Felicidade de Almeida Campos, a Oni Kowê do Opô Afonjá. É a presidente emérita do Instituto Alaiandê Xirê, de quem fora a presidente fundadora.
Sacerdotisa de vanguarda é respeitada por suas idéias no longo do território nacional e muitos outros países. Tem proferido palestras e participado de seminários em diferentes partes do Brasil e do mundo.
Em 2001 ganhou o prêmio jornalístico Estadão na condição de fomentadora de cultura.
Em 2009, ao completar setenta anos de iniciação no Candomblé, recebeu o título de Doutor Honoris Causa da Universidade Federal da Bahia. É detentora da comenda Maria Quitéria (Prefeitura do Salvador), Ordem do Cavaleiro (Governo da Bahia) e da comenda do Ministério da Cultura.
QUEM É PAI ADÃO?
história do Ilê Obá Ogunté começa por volta de 1875, com a chegada ao Brasil da africana Inês Joaquina da Costa (Ifá Tinuké) também chamada de Tia Inês, morreu em 1905. Foi a fundadora do atual Sitio de Pai Adão, no Sítio de Água Fria, no Recife.
É a mais antiga casa de culto Nagô de Pernambuco e uma das mais venerandas do Brasil, considerada uma das matrizes da nação de culto afro-brasileiro Nagô, que guarda alguma semelhança com a nação Ketu da Bahia, similar ao Xambá e ao Tchamba de Togo, e Trinidad e Tobago.
Primeiro terreiro a ser tombado por um governo estadual.
O tombamento foi feito pelo Decreto 10.712, de 5 de setembro de 1985, pelo Governo do Estado de Pernambuco.[1]
Pai Adão - Ope Watanan
O Ilê Obá Ogunté, mais conhecido hoje como Sítio de Pai Adão, é um modelo de culto sob todos os pontos-de-vista: na sofisticação ritual, na beleza de sua música e da dança, no número de divindades cultuadas (ali são cultuadas divindades não encontradas em nenhum outro culto do Brasil), no poder espiritual das possessões, tudo indicando uma tradição conservada com fidelidade às suas raízes.
Tia Inês, ao vir para o Brasil, trouxe consigo várias divindades, sob a forma de símbolos, imagens, objetos e inclusive sementes, para plantar uma imensa gameleira, ainda existente que é venerada como a divindade Iroko.
Ainda preserva em seu espaço-físico um baobá com mais de um século de existência e com mais de 10m de diâmetro, raro no Brasil por ser mais comumente encontradas espécimes desse porte nos locais de onde são nativas, na ilha de Madagascar (o maior centro de diversidade, com seis espécies), no continente africano e na Austrália (com uma espécie em cada).
A casa funcionou sempre como uma grande comunidade de negros africanos e de seus descendentes. Com a morte de Ifá Tinuké, ela passou a ser liderada por Felipe Sabino da Costa (Ope Watanan), conhecido por Pai Adão (sucessor de Tia Inês), que foi a maior personalidade da história do Xangô do Recife ou "Casa Amarela", entre outros talentos, por seus poderes espirituais, seu conhecimento profundo dos fundamentos rituais, estéticos e mitológicos da tradição e seu domínio do idioma Iorubá.
O babalorixá atual é Manoel do Nascimento Costa, mais conhecido como Manuel Papai, e a iyalorixá Maria do Bonfim. Na nação Nagô-Egbá sempre são duas pessoas que dirigem a casa: um babalorixá e uma iyalorixá, ou seja, um pai e uma mãe-de-santo.
De Pai Adão, todo o conhecimento foi transmitido sucessivamente a Obalonein, Fatemi e Oluandê, para que finalmente fossem passados em Belford Roxo a Osunaloji (Pai Milton), que zela pela conservação e manutenção dessa tradição recebida, no Ilê Axé Agawere Xapanan. Em seu ilê (casa), cujo orixá patrono é Iemanjá, as novas gerações de filhos de santo recebem dele todo esse rico arsenal de cultura afro-brasileira, com fundamento na nação Nagô-Egbá.
No Maranhão, a Casa Fanti Ashanti, em São Luís, nação Jeje-Nagô, babalorixá Euclides Menezes Ferreira (Talabian),(de Oxaguiã c/Oxum) e Mãe Isabel de Xangô com Oxum. A raiz é do Sitio de Pai Adão - Nagô do Recife - liderado hoje por Manuel Papai e Maria das Dores ja falecida, juntamente Pai Raminho de Oxossi que incentiva os desfiles de Maracatu no Carnaval do Recife[2].
Em São Paulo, a iyalorixá Maria das Dores Talabideiyn deixou a seu filho Pai José Alabiy (José Gomes Barbosa), babalorixá do Ilê Axé Ajagunã Obá Olá Fadaká, a tradição Egbá, passada à sua filha Oya Dolu (Lorena de Santiago) iyalorixá do Ilê Axé Oya Tundê, juntamente com Baba Alajemi (Nilso Jorge Júnior), onde também se preservam os mais antigos fundamentos do Nago-Egba. Entre outros, destaca-se a iyalorixá Valdecir de Obaluaye que, sendo filha-de-santo de Osunalogi, traz consigo a tradição e cultura dessa grande raíz.
Também no município de Guarulhos-SP, existe o Abassá de Xangô Agodo e Obafunle dirigido pelo babalorixá Alexandre de Odé e a iyalorixá Dida de Xangô (Mãe carnal de Pai Alexandre), que receberam o Axé e os ensinamentos de Manuel Papai, Tia Mãezinha e Mãe Janda (in memoria), dos quais preservam e cultuam os fundamentos Nagô-Egbá. Além de divulgarem a raíz, eles também participam de atos e ações sociais, religiosos, políticos e são os responsáveis espirituais pelo bloco Afro Ilú Oba De Min, formado por mulheres percusionistas que fazem um trabalho de educação, cultura e arte negra.
É a mais antiga casa de culto Nagô de Pernambuco e uma das mais venerandas do Brasil, considerada uma das matrizes da nação de culto afro-brasileiro Nagô, que guarda alguma semelhança com a nação Ketu da Bahia, similar ao Xambá e ao Tchamba de Togo, e Trinidad e Tobago.
Primeiro terreiro a ser tombado por um governo estadual.
O tombamento foi feito pelo Decreto 10.712, de 5 de setembro de 1985, pelo Governo do Estado de Pernambuco.[1]
Pai Adão - Ope Watanan
O Ilê Obá Ogunté, mais conhecido hoje como Sítio de Pai Adão, é um modelo de culto sob todos os pontos-de-vista: na sofisticação ritual, na beleza de sua música e da dança, no número de divindades cultuadas (ali são cultuadas divindades não encontradas em nenhum outro culto do Brasil), no poder espiritual das possessões, tudo indicando uma tradição conservada com fidelidade às suas raízes.
Tia Inês, ao vir para o Brasil, trouxe consigo várias divindades, sob a forma de símbolos, imagens, objetos e inclusive sementes, para plantar uma imensa gameleira, ainda existente que é venerada como a divindade Iroko.
Ainda preserva em seu espaço-físico um baobá com mais de um século de existência e com mais de 10m de diâmetro, raro no Brasil por ser mais comumente encontradas espécimes desse porte nos locais de onde são nativas, na ilha de Madagascar (o maior centro de diversidade, com seis espécies), no continente africano e na Austrália (com uma espécie em cada).
A casa funcionou sempre como uma grande comunidade de negros africanos e de seus descendentes. Com a morte de Ifá Tinuké, ela passou a ser liderada por Felipe Sabino da Costa (Ope Watanan), conhecido por Pai Adão (sucessor de Tia Inês), que foi a maior personalidade da história do Xangô do Recife ou "Casa Amarela", entre outros talentos, por seus poderes espirituais, seu conhecimento profundo dos fundamentos rituais, estéticos e mitológicos da tradição e seu domínio do idioma Iorubá.
O babalorixá atual é Manoel do Nascimento Costa, mais conhecido como Manuel Papai, e a iyalorixá Maria do Bonfim. Na nação Nagô-Egbá sempre são duas pessoas que dirigem a casa: um babalorixá e uma iyalorixá, ou seja, um pai e uma mãe-de-santo.
De Pai Adão, todo o conhecimento foi transmitido sucessivamente a Obalonein, Fatemi e Oluandê, para que finalmente fossem passados em Belford Roxo a Osunaloji (Pai Milton), que zela pela conservação e manutenção dessa tradição recebida, no Ilê Axé Agawere Xapanan. Em seu ilê (casa), cujo orixá patrono é Iemanjá, as novas gerações de filhos de santo recebem dele todo esse rico arsenal de cultura afro-brasileira, com fundamento na nação Nagô-Egbá.
No Maranhão, a Casa Fanti Ashanti, em São Luís, nação Jeje-Nagô, babalorixá Euclides Menezes Ferreira (Talabian),(de Oxaguiã c/Oxum) e Mãe Isabel de Xangô com Oxum. A raiz é do Sitio de Pai Adão - Nagô do Recife - liderado hoje por Manuel Papai e Maria das Dores ja falecida, juntamente Pai Raminho de Oxossi que incentiva os desfiles de Maracatu no Carnaval do Recife[2].
Em São Paulo, a iyalorixá Maria das Dores Talabideiyn deixou a seu filho Pai José Alabiy (José Gomes Barbosa), babalorixá do Ilê Axé Ajagunã Obá Olá Fadaká, a tradição Egbá, passada à sua filha Oya Dolu (Lorena de Santiago) iyalorixá do Ilê Axé Oya Tundê, juntamente com Baba Alajemi (Nilso Jorge Júnior), onde também se preservam os mais antigos fundamentos do Nago-Egba. Entre outros, destaca-se a iyalorixá Valdecir de Obaluaye que, sendo filha-de-santo de Osunalogi, traz consigo a tradição e cultura dessa grande raíz.
Também no município de Guarulhos-SP, existe o Abassá de Xangô Agodo e Obafunle dirigido pelo babalorixá Alexandre de Odé e a iyalorixá Dida de Xangô (Mãe carnal de Pai Alexandre), que receberam o Axé e os ensinamentos de Manuel Papai, Tia Mãezinha e Mãe Janda (in memoria), dos quais preservam e cultuam os fundamentos Nagô-Egbá. Além de divulgarem a raíz, eles também participam de atos e ações sociais, religiosos, políticos e são os responsáveis espirituais pelo bloco Afro Ilú Oba De Min, formado por mulheres percusionistas que fazem um trabalho de educação, cultura e arte negra.
QUEM É MÃE LUCIA DE OXUM?
Lúcia de Fátima Batista de Oliveira foi iniciada na Jurema em 1976 pelo sacerdote Manoel Rodrigues de Araújo, em Campina Grande.
Iniciou-se para o Orixá em Março de 1981, na Nação Jeje Mahin, pela sacerdotisa Deta de Bessen (in memorian).
Ingressou no Ilê Axé Opô Afonjá, da Nação Ketu, em 1999 e, desde então, faz parte desta família pelas mãos da Iyalorixá Stella de Oxóssi.
Iyá Lúcia Omidewá é filha de Oxum. É a Iyalorixá responsável pelo terreiro de Candomblé Ilê Axé Omidewá, membro do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), coordenadora do núcleo Paraíba da Rede Nacional de Religiões Afro-brasileiras e Saúde e do programa Fome Zero, do governo federal, para o povo de terreiro, além de diretora do Centro de Cultura Afro-Brasileira Ilê Axé Omidewá.
Seu nome, Omidewá, traduzido do iorubá arcaico significa "água chegou".
Iniciou-se para o Orixá em Março de 1981, na Nação Jeje Mahin, pela sacerdotisa Deta de Bessen (in memorian).
Ingressou no Ilê Axé Opô Afonjá, da Nação Ketu, em 1999 e, desde então, faz parte desta família pelas mãos da Iyalorixá Stella de Oxóssi.
Iyá Lúcia Omidewá é filha de Oxum. É a Iyalorixá responsável pelo terreiro de Candomblé Ilê Axé Omidewá, membro do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), coordenadora do núcleo Paraíba da Rede Nacional de Religiões Afro-brasileiras e Saúde e do programa Fome Zero, do governo federal, para o povo de terreiro, além de diretora do Centro de Cultura Afro-Brasileira Ilê Axé Omidewá.
Seu nome, Omidewá, traduzido do iorubá arcaico significa "água chegou".
segunda-feira, 19 de abril de 2010
Isenção de IPTU para todas as religiões
Brasília - A Constituição Federal brasileira estabelece que é proibido à União, aos Estados ou Municípios cobrar impostos sobre templos religiosos de qualquer culto. No entanto, essa é uma prática não muito respeitada por alguns governantes municipais, que insistem em cobrar o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), principalmente, de templos religiosos de matriz africana. A Câmara de Vereadores da cidade de Salvador, Bahia, debateu o direito de isenção do imposto a essas religiões. A vereadora Olívia Santana (PCdoB) é a autora da emenda ao Código Tributário do Município de Salvador que estende o benefício para os templos situados em terrenos arrendados. De acordo com a vereadora, a resolução beneficia principalmente os templos das religiões de matriz africana, pois cerca de 80% deles não usufruíam o benefício da isenção já alcançado por outras religiões, entre outros motivos, por estarem localizados em terrenos arrendados. O templo religioso é o espaço físico, a edificação, a casa destinada ao culto, na qual são realizadas as cerimônias, práticas, ritos e deveres religiosos. Para funcionar legalmente, o templo necessita de alvará de funcionamento expedido pela Prefeitura do município onde esteja localizado. Apenas a Prefeitura pode expedir o alvará de funcionamento e nenhum outro documento o substitui. O documento deve ser requerido independente do imóvel ser próprio ou alugado. A grande dificuldade das religiões de matriz africana obterem isenção do IPTU deve-se à falta de documentação e registro dos terreiros. Segundo levantamento feito pela Secretaria Municipal da Reparação de Salvador, cerca de dois mil terreiros de diversas nações foram encontrados no município, sendo que mais de 80% deles estão em situação fundiária irregular. Muitas vezes falta estrutura jurídica para que os templos se constituam, pois muitos não possuem atas e estatutos registrados em cartório para que possam ser isentos do IPTU, conforme previsto na Constituição. A vereadora lembra que as instituições públicas devem se abrir para que todos tenham acesso. "As instituições sempre estiveram afastadas das religiões de matriz africana, agora elas devem se abrir para que todos possam ter a mesma oportunidade de acesso. Religiões como o candomblé, são formadas por pessoas de baixa renda, sem instrumentos legais necessários para obter informações e ter acesso ao aparato jurídico e advogados, como em outras religiões", afirma. E complementa: "Não se pode esquecer que essas religiões constituem a marca do povo brasileiro, com a sua afirmação de cidadania, mas ainda lidam com a carga do preconceito e do racismo, ainda carregam o peso do colonialismo e da escravidão". O vice-prefeito soteropolitano, Edivaldo Brito, participou do debate na Câmara e se prontificou a colocar a Secretaria da Fazenda à disposição dos terreiros para o devido esclarecimento e cadastramento, a fim de agilizar o processo jna Prefeitura. Edivaldo lembrou que o tombamento de um terreiro significa proteção e respeito, não devendo ficar limitado apenas ao barracão, mas sim ampliado às demais áreas, normalmente zonas de matas. Mas não só as questões jurídicas impedem a garantia do direito. O preconceito também é uma das maiores razões da recusa em se aceitar os terreiros como templos religiosos. Reconhecimento histórico - Para o antropólogo Ordep Serra, pesquisador e professor da Universidade Federal da Bahia, "a dificuldade do processo de tombamento passa pelo reconhecimento histórico e pelo valor da religião de matriz africana. Os terreiros são símbolos culturais e devem tomar cuidado para não perderem suas áreas verdes por conta das forças econômicas". O professor Ordep foi relator do processo de tombamento do Terreiro da Casa Branca do Engenho Velho, Ilê Axé Iyá Nassô Oká, um dos mais antigos e conhecidos templos da Bahia. Na época, a Prefeitura de Salvador exigia o pagamento de uma dívida de mais de 800 mil reais por impostos vencidos, ameaçando levar a Casa para leilão. Contudo, após uma imensa mobilização da sociedade baiana e de órgãos não-governamentais, a Prefeitura acabou por reconhecer a imunidade tributária. O Terreiro da Casa Branca foi o primeiro templo afro-religioso a ser tombado como patrimônio histórico do Brasil. A falta de conhecimento das leis é também um grave problema. Conforme explica Ricardo Barreira, presidente da Umbanda Fest, que acontece em Bauru, a falta de informação do povo de matriz africana é grande, pois muitos nem sabe que seus direitos são garantidos pela Constituição. Ele comenta: "Grande parte dos templos e sacerdotes não exercem seus direitos porque não sabe que eles existem. Todos os templos religiosos são isentos desse imposto. Em Bauru, nós temos cerca de 800 templos de umbanda e a maioria paga IPTU". Outras cidades já possuem leis regulamentando a isenção de imposto para todas as religiões, algumas até ressaltando a inclusão de terreiros como templos sagrados. O prefeito de Aracaju, Marcelo Déda, assinou em maio de 2002, o decreto municipal que isenta templos afro-religiosos da cobrança da taxa do Imposto Predial Territorial Urbano. "Esse decreto é, sobretudo, para aqueles que têm dificuldade, pela perseguição e preconceito, em praticar sua fé", afirmou na época. Déda lembrou que a isenção é estendida para outras religiões, como por exemplo, a espírita kardecista. Em Manaus, o prefeito Serafim Corrêa assinou em 2007, decreto concedendo imunidade tributária aos templos religiosos,inclusive, aos imóveis alugados para qualquer religião. Em São Paulo, a ex-prefeita Marta Suplicy realizou até cerimônia multirreligiosa, em 2004, reunindo líderes de várias denominações e cerca de 700 pessoas no Teatro Municipal, para assinar a sanção de uma lei que desburocratiza a isenção do IPTU a aposentados e templos religiosos em São Paulo.
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